Durante a epidemia de FHD/SCD em Cuba, em 1981, foi formulada a hipótese integral, segundo a qual a ocorrência de uma epidemia de FHD/SCD dependeria da conjunção de fatores individuais, epidemiológicos e do próprio vírus. Entre os fatores individuais de risco estariam o sexo feminino, idade menor que 15 anos, enfermidades crônicas como diabetes e asma brônquica, antígenos HLA, pré-existência de anticorpos para dengue e a resposta individual do hospedeiro. Já os fatores epidemiológicos seriam alta densidade do vetor, população susceptível, infecção seqüencial, sobretudo quando a segunda infecção ocorre em um intervalo de até cinco anos após a primeira, seqüência dos vírus infectantes (DEN-1 seguido pelo DEN-2) e circulação dos vírus em grande intensidade. Por fim, os fatores relacionados com o próprio vírus, ou seja, a virulência da cepa infectante e o sorotipo. A ausência de lesões patológicas graves nos casos fatais e a recuperação rápida dos sobreviventes nas formas graves de dengue sugerem a presença de mediadores biológicos capazes de produzir uma doença grave com mínimas lesões estruturais. Entre os principais candidatos capazes de induzir modificações rápidas e intensas da permeabilidade vascular encontram-se, citocinas, mediadores lipídicos e produtos da ativação do complemento.
quinta-feira, 18 de março de 2010
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